“O que está chegando de diálogo com o governo federal, Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF) é mais uma atitude de parceria, isso está muito claro”
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que está atuando em conjunto com entidades federais na promoção da proteção dos povos quilombolas na Bahia. Em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (1), o chefe do Palácio de Ondina pontua que está sendo desenvolvido “um modelo de proteção que seja mais eficiente”.
“O que está chegando de diálogo com o governo federal, Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF) é mais uma atitude de parceria, isso está muito claro. Até a própria vinda da Rosa Weber aqui, nós aproveitamos para falar sobre isso. Sobre as comunidades de povos originários, a gente não tem o poder de entrar nessas áreas, a não ser por uma determinação judicial ou em parceria com a cobertura da Polícia Federal. É um território de domínio federal. O que nós fazemos muitas vezes é a parceria de fazer ronda externa, mas não é uma área que a polícia militar possa entrar sem autorização”, destacou Jerônimo.
O mês de agosto na Bahia foi marcado pelo assassinato da líder religiosa Maria Bernadete Pacifico, conhecida como Mãe Bernadete. Uma das linhas de investigação da Segurança Pública da Bahia sobre o crime aponta que a morte da ialorixá pode ter relação com o garimpo ilegal na área do quilombo.
“[Sobre as] comunidades quilombolas, conversamos inclusive com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. Eu assinei neste final de semana 130 títulos de titularização de terras. São comunidades quilombolas que vivem nessas grandes áreas”, diz.
“Isso a gente não consegue fazer sozinho. No que diz respeito ao sistema de proteção, nós pedimos ao STF uma reunião, em um processo de construção de um modelo de proteção que seja mais eficiente. Não é só a proteção da segurança à vida é trazer também garantia de transporte para essas pessoas, é preciso renda para que as pessoas possam arcar com seus compromissos”, finaliza.