Prefeito também assinou o contrato com a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, para fazer o leilão das futuras concessões na capital baiana
O prefeito Bruno Reis apresentou, na noite desta quarta-feira (18), para cerca de 300 empresários do mercado nacional, em São Paulo, o conjunto de ações e programas de incentivos fiscais desenvolvidos pela Prefeitura de Salvador. O objetivo é estimular a vinda de empresas e investimentos à capital baiana. Durante o Fórum Negócios & Investimentos, realizado no Villa Blue Tree, o gestor gestor assinou o contrato com a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, para fazer o leilão das futuras concessões que o município vai realizar em diversas áreas da cidade.
O ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto (União Brasil), prestigiou o evento, que também apresentou ao país o Verão de Salvador em um super show com participações de Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Tonny Salles, Rachel Reis, Márcio Victor, Olodum, Cortejo Afro, Nara Couto e Xanddy Harmonia, além do DJ Marcelo Botelho.
“Estou aqui para apresentar o que vem acontecendo em Salvador, a nova Salvador. E para convidar vocês a investirem em nossa cidade. Somos conhecidos no Brasil e no mundo pelas belezas naturais, pelo rico patrimônio histórico e cultural, pelo jeito de ser do nosso povo, que é acolhedor. Mas nós queremos também ser conhecidos como a capital de negócios do Brasil, uma cidade que possui um enorme potencial em diversas áreas. A gente costuma dizer que nós preparamos a cidade para esse novo momento que estamos vivendo agora”, disse Bruno Reis.
O prefeito de Salvador mostrou um balanço das iniciativas que fizeram a cidade se reposicionar no país e no mundo. Destacou que Salvador está investindo R$ 5 bilhões em ações para desenvolver o turismo, a inovação, a qualidade de vida, a sustentabilidade e a mobilidade urbana.
Ao mesmo tempo, por meio do programa Invista Salvador, implantou medidas para simplificar processos e melhorar o ambiente de negócios, além de criar uma estrutura de suporte ao investidor ao longo de toda a sua experiência, desde a abertura da empresa até a operação.
Com o conjunto de medidas adotadas, Salvador atraiu nos últimos dois anos e meio mais de R$ 11 bilhões em investimentos imobiliários, sendo quase 30 mil em unidades residenciais e 183 empreendimentos comerciais. Chegaram à capital baiana grandes grupos nacionais e internacionais.
No varejo, houve a abertura de mais uma unidade da Ferreira Costa e a primeira loja da Leroy Merlin na Bahia, além da chegada do grupo Carrefour. No setor da saúde, a capital baiana recebeu as redes Mater Dei, Rede D’Or e Dasa. Na hotelaria, os grupos Fasano, Rosewood e Convento Espinheiro trouxeram uma nova finalidade econômica para prédios históricos da capital baiana como o Palácio Rio Branco e o Convento do Carmo.
“A melhoria do ambiente de negócios é uma perseguição diária nossa. Temos segurança jurídica, com leis claras. Temos com o poder público uma relação de mais alto nível. Onde a Prefeitura enxerga o empreendedor, o investidor, como um amigo. O empresário é tratado como alguém que gera emprego, gera renda, oportunidades para a população. O poder público é estimulador. Quando a gente faz uma obra numa determinada região, o privado chega junto, abrindo um negócio. E o conjunto de investimentos que a Prefeitura vem fazendo aqueceu o mercado”, disse Bruno Reis.
Turismo
Entre as ações já desenvolvidas, o prefeito citou a construção do Centro de Convenções de Salvador, que acabou com a carência que a cidade tinha desse equipamento e que impulsionou a economia local através da retomada do turismo de negócios. Ele destacou que a estrutura, na Boca do Rio, está ladeada pelo Parque dos Ventos e pela Arena Daniela Mercury, dois dos maiores espaços em área aberta para eventos da cidade, onde ocorre o Festival da Virada, a maior festa de Réveillon do país.
A região, em breve, ganhará também a Arena Multiuso, espaço que está no pacote de concessões que serão realizadas em breve pela Prefeitura. “Todos esses equipamentos vão se comunicar. Com isso, vamos ter uma competitividade muito maior para atrair eventos internacionais, não só esportivos, mas também shows, feiras, exposições. Uma área que já possui uma forte rede de hotelaria, mobilidade urbana e que está na orla de Salvador, uma das mais extensas e bonitas do Brasil”, destacou.
Ainda no segmento turístico, a orla marítima de Salvador passou por um amplo projeto de requalificação, no qual a Prefeitura concluiu 30 trechos nos últimos 10 anos. O Centro Histórico, conhecido em todo o Brasil pelo seu patrimônio arquitetônico, está recebendo quase R$ 1 bilhão na recuperação de diversos equipamentos. A exemplo da Cidade da Música, equipamento cultural instalado no Comércio que reúne tecnologia, interatividade e um vasto acervo para contar a história da produção musical no estado.
Inovação
Ainda no pacote de investimentos, a capital baiana ganhou o Polo de Economia Criativa Doca 1 e o Hub Salvador.
“Hoje, o Doca 1 é o maior polo de economia criativa do Brasil, onde fomentamos atividades como o audiovisual e a gastronomia. Outro vetor de crescimento que visualizamos é o setor de inovação. Salvador quer ser conhecida como uma cidade inteligente, e o nosso Hub hoje é responsável por abrigar diversas startups e incubadoras. Muitos negócios estão surgindo a partir desse equipamento, que tornou o Comércio um distrito de inovação”, disse.
Ainda em inovação, Bruno Reis lembrou que a cidade está implementando a Infovia da Cidade Inteligente, com mais de 800 km de conexão à internet de alta velocidade, que vai conectar prédios públicos e oferecer wi-fi gratuito para a população a partir de pontos turísticos, praças e diversos outros logradouros.
“Temos um olhar e atenção especial para essa área de tecnologia e inovação. A gente sabe a demanda que tem no mercado hoje. Inclusive, nós assinamos nesta semana e vamos iniciar as obras para implantação das obras da Escola Digital no Centro Histórico em parceria com a Fieb através de seu braço executivo que é o Senai Cimatec. Queremos estimular e reter os nossos talentos nessa área”, disse o prefeito.
Ambiente de negócios
Em setembro, o tempo médio para abertura de empresas na capital baiana caiu para quatro horas, de acordo com o Mapa Painel de Empresas, do Governo Federal. Em agosto, a Prefeitura publicou o decreto da Liberdade Econômica, que dispensa a necessidade de atos públicos, como licenciamento e concessão de alvarás, para abertura e funcionamento de empresas que realizam atividades consideradas de baixo risco.
O prefeito também apresentou os programas de incentivos fiscais de Salvador, como o PIDI (Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Sustentável e Inovação), o IPTU Verde, o IPTU Amarelo e as parcerias público-privadas possíveis através da SalvadorPar, empresa de capital misto do município. Além disso, o município criou um comitê de desburocratização, que envolve diversas secretarias a fim de sugerir medidas legislativas que facilitem a abertura e o funcionamento de empresas.
Além disso, a cidade já capacitou por meio de programas próprios, como o Treinar Para Empregar, mais de 35 mil pessoas em diversas áreas, a exemplo da saúde, para a chegada das grandes redes de hospitais, e da construção civil.
Projetos futuros
O prefeito também apresentou projetos que a Prefeitura está estudando e pretende colocar em prática nos próximos meses, a exemplo do Polo Logístico, que ficará localizado no bairro de Valéria, próximo à BR-324, para receber centros de distribuição e galpões de grandes lojas de varejo; de um Fundo de Investimentos Imobiliários (FII) que será aberto pelo município para gerir terrenos que estão ociosos; e da abertura de um novo Centro de Convenções para a cidade, agora na Praça Municipal, num espaço que fica abaixo do Palácio Thomé de Souza.
Além disso, projetos para revitalizar e dar uma nova finalidade residencial e comercial para casarões históricos que estão no frontispício do Centro Histórico de Salvador, entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, e para ocupar com lojas e outros pontos comerciais as estações do BRT de Salvador.
Prefeito também assinou o contrato com a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, para fazer o leilão das futuras concessões na capital baiana. Crédito: Betto Jr./ Prefeitura de Salvador