Deputado nega conflito com Wagner, mas defende ex-primeira dama: “Não podemos rasgar a história das pessoas”
“O histórico de Aline é anterior a Rui [marido de Aline, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil]. Ela é uma militante social antes de conhecer o ex-governador. Não podemos rasgar a história das pessoas”, argumentou Rosemberg em entrevista coletiva.
Nomes de outras mulheres foram pensados para disputar o cargo de conselheira do TCM, como os das deputadas estaduais Fabíola Mansur (PSB) e Neusa Cadore (PT). Para o petista, que teve posicionamento contrário ao do senador Jaques Wagner (PT), a divergência está resolvida. “O senador tinha uma opinião que era por um nome [de deputado] da federação [PT, PCdoB e PV], para que pudesse com isso ascender um parlamentar”, disse.
“É natural, era uma tese, um conceito. Com a retirada do nome de Fabrício Falcão [PCdoB, para a candidatura de conselheiro do TCM], acabou perdendo a razão, uma vez que não havia postulação de representantes da federação. Ficaram apenas dois candidatos [Aline e Tom Araújo]”, justifica.
O cálculo de Rosemberg é que todos os deputados da base votem em Aline, menos Luciano Araújo (Solidariedade). “Por razões políticas da base dele [de Luciano Araújo], e nós respeitamos, isso foi combinado. Ele estará respeitando a candidatura de Tom. Da base do governo é o único voto que eu não contabilizo, então penso em 39 ou 40 votos. É natural que até quarta-feira [dia 8] continuaremos discutindo”, conclui o parlamentar petista.
Candidatura deferida
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) deferiu a candidatura da ex-primeira-dama Aline Peixoto ao Tribunal de Contas dos Munícipios (TCM) por unanimidade.
Todos os membros dos colegiados, tanto do governo quanto da oposição, se manifestaram favoravelmente e aprovaram o envio do nome de Aline para a votação no plenário, que deve ocorrer na quarta-feira, 8, de acordo com Rosemberg.
Durante a sabatina, a relatora da candidatura de Aline, a deputada Ivana Bastos (PSD), defendeu que a indicada pelo governo se enquadra no cargo pela “capacidade técnica, serviço público e idoneidade”. A parlamentar manifestou ainda seu apreço pela indicação de Aline por conta do fato de o TCM jamais ter tido uma mulher como conselheira.
A presidente da CCJ, a deputada Maria Del Carmen (PT), confirmou o acordo entre as bancadas para que a votação tivesse aprovação unânime.
À tarde, o ex-deputado Tom Araújo (União Brasil) será sabatinado. O colegiado para a arguição será composto por Fabíola Mansur (PSB), Vitor Bonfim (PV), Nelson Leal (PP), Paulo Rangel (PT) e Robinson Almeida (PT). A relatoria da sabatina de Tom será do deputado Júnior Nascimento (União Brasil).