A produção industrial da Bahia teve, em março, um aumento de 0,1% em relação a fevereiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. A indústria da Bahia avançou pelo segundo mês consecutivo, apesar de ter ficado abaixo do índice nacional (0,3%). Além disso, em relação a março de 2021, a produção industrial baiana cresceu 8,6%, segundo maior resultado do Brasil.
Foi o primeiro avanço no indicador após 14 quedas consecutivas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022. No Brasil como um todo, a produção industrial recuou 2,1% em março de 2022 até março 2021, com resultados negativos em 7 dos 15 locais pesquisados. O único estado com índice superior ao da Bahia foi Mato Grosso (22,9%).
Neste comparativo, a indústria baiana apresentou o seu maior crescimento para um mês de março em 12 anos, desde 2010, quando tinha registrado um aumento de 10,3% frente ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado nos três primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos 6 locais com resultado positivo (2,3%), bem à frente do registrado no país como um todo (-4,5%). Porém, nos 12 meses encerrados em março, a indústria baiana continua no negativo (-8,2%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, mantendo o pior resultado do país.
No Brasil como um todo, a produção industrial avança (1,8%) nessa comparação, com resultados positivos em 9 dos 15 locais. O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em março de 2022.
Em março, crescimento da produção industrial é puxado pelos derivados do petróleo (37,9%)
O crescimento da produção industrial da Bahia em março/22 frente a março/21 (8,6%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (9,9%), que cresceu pelo segundo mês consecutivo.
Por outro lado, a indústria extrativa apresentou sua terceira queda seguida (-11,9%). Houve crescimento em 6 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia.
A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (37,9%) foi quem apresentou o avanço mais representativo para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela fabricação de outros produtos químicos (9,5%). O setor de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu sétimo resultado positivo consecutivo, embora ainda acumule perda de 8,1% nos 12 meses encerrados em março.