quarta-feira, 25 de junho de 2025
  • Anuncie
  • Contato
  • Expediente
  • Home 4
No Result
View All Result
Política com Dendê
  • Home
  • Política com Dendê
  • Municípios em Destaque
  • TV Notícias com Dendê
  • Plantão de Notícias
  • Opinião
  • Confete e Cacete
  • Home
  • Política com Dendê
  • Municípios em Destaque
  • TV Notícias com Dendê
  • Plantão de Notícias
  • Opinião
  • Confete e Cacete
No Result
View All Result
Política com Dendê
No Result
View All Result
Home Destaques

Laranja do Cabula, 2ª mais chupada do mundo, virou gringa e deixou a Califórnia rica

by Cleberson
fevereiro 19, 2024
in Destaques
0 0
0
Propaganda da laranja baiana travestida de norte-americana Crédito: Library of Congress

Propaganda da laranja baiana travestida de norte-americana Crédito: Library of Congress

0
SHARES
21
VIEWS
Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Whatsapp

OutrasNotícias

Markinhos Marrocci emociona na 3ª Procissão Chicleteira do Alto das Pombas

Microsoft diz que todos os aplicativos afetados por apagão já foram retomados

Em diálogo com municípios, Jerônimo recebe prefeito de Conde

Variedade, hoje, está quase extinta na Bahia, onde tem origem

Se a frase “O Bahia é o mundo”, patenteada pela turma tricolor, divide o estado, trocando gênero e grafia atinge-se a unanimidade. “A Bahia é o mundo”, claro, e também “Baía é o mundo”. Ou deveria, se não fossem alguns gringos que se apropriaram da laranja made-in Cabula.

Entenda: a segunda laranja mais consumida no mundo atende pelo nome de laranja-baía ou laranja-de-umbigo. Mas só em sua terra natal. No resto do mundo ela é conhecida como Washington Navel. Os culpados? Um bispo e uma dona de casa.

Quem denunciou, explicou e estudou a laranjada foi o pesquisador Archibald Dixon Shamel, escritor do livro “The Navel Orange of Bahia” [“A Laranja-de-Umbigo da Bahia”, em tradução literal] em 1917. Lá, ele narra que é quase certo que a espécie é uma mutação natural derivada da laranja seleta que apareceu em uma fazenda do Cabula, em Salvador, entre 1810 e 1820.

“No século 19, 20, o Cabula era formado por muita área de mata nativa, algumas fazendas que cultivavam, principalmente, laranja e quilombos. Tanto que o nome ‘Cabula’ vem da religião afrodescendente praticada nessa região”, contextualiza o historiador Rafael Dantas.

A forte presença quilombola na região, inclusive, inspirou boatos – preconceituosos – de que a fruta surgira após “mandinga”. Nada que intimidasse os soteropolitanos de corpo fechado.

Espalhada por Salvador e Recôncavo, a fruta convexa era praticamente exclusiva a paladares baianos até a década de 1860, quando estadunidenses, como o pastor Schneider, conheceram a dita cuja. Em carta, o religioso conta de um marceneiro que chupava muito (o fruto), inspirando-o a chupar também aquela laranja doce, sem sementes e de casca grossa.

Outro conterrâneo, um correspondente do ministério de agricultura dos Estados Unidos, fez questão de contar a fofoca ao patrão, William Saunders, que imediatamente encomendou algumas mudas. O primeiro lote foi enviado, mas já chegou em Nova York “morto, seco e inútil”, descreveu Sounders em seu diário.

Uma segunda leva, então, partiu do Porto de Salvador, mas desta vez um pé estava endereçado à senhora Tibbets, dona de casa que morava em Riverside, na Califórnia. Com a delícia em mãos, ela plantou, regou e poucos anos depois os frutos deram as caras.

Washington não é Cumpadi

Após degustar a laranja baiana, Tibbets se deliciou com o sabor e a capacidade comercial da coisa. O umbigo da questão apareceu justamente aí: a dona de casa julgou Bahia como nome “exótico”, e preferiu dar um toque anglo-saxão, renomeando-a para “Riverside Navel” (navel é umbigo em inglês).

O re-batismo não agradou os conterrâneos, receosos de que a cidade passasse a ser conhecida por uma laranja. Eis que brotou a tal “Washington Navel Orange”, homenageando George Washington, herói da independência estadunidense, que ocorrera quase 100 anos antes.

Propaganda da laranja Crédito: Reprodução

Apaixonados pela fruta, os californianos aumentaram a plantação e exportaram-a para África do Sul, Japão e Europa. Em Salvador e adjacências ninguém fazia ideia, mas o mundo estava provando uma laranja baiana jurando que era gringa.

Dream of rebolation

De imediato, a laranja gringo-baiana tornou-se fundamental para a economia californiana. “No passado, falavam que a laranja-baía era o ouro da Califórnia, mostrando a importância que esta variedade tinha”, explica Orlando Sampaio Passos, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Por isso, o já citado Archibald Shamel visitou a Bahia em 1913 para descobrir as origens da “fruta que conquistou a América”. 100 anos atrás, a discrepância já existia: enquanto por Salvador eram 14 mil hectares plantados, apenas a Califórnia tinha 40 mil – fora os outros estados.

Plantação de laranjeiras na Califórnia do início do século XX Crédito: Reprodução

Cem anos depois, a Bahia atingiu o bagaço. “A laranja-baía não é plantada em escala comercial na por aqui”, revela Orlando. “Os maiores produtores atualmente são Espanha e África do Sul”, continua, revelando que só a laranja-valência é mais plantada no mundo.

A baixa produção é refletida nas feiras e supermercados do estado, onde a fruta da terra raramente é encontrada. Se presente nas prateleiras, vem geralmente acompanhada de um valor acima das outras variedades.

O cordão umbilical entre terra-mãe e filha foi cortado após decisões comerciais dos produtores do estado, que optaram por plantar a laranja-pera. “A de umbigo não serve para fazer suco industrializado, pois estraga rápido após espremida. Essas outras variedades são melhores escolhas para produção em larga escala”, esclarece o especialista.

“O uso da laranjeira Pera na Bahia é quase absoluto. Qual o percentual? 99%, 98%, 97%. No litoral Norte, tem alguns plantios de Rubi, Pineapple e Westin. Nas outras regiões, não se conhece nenhuma menção. A laranjeira Lima é rara”, aponta.

Além disso, apesar de baiana, a laranja-de-umbigo se adapta melhor aos climas temperados. “Por isso, no Brasil, ela é plantada mais no Rio Grande do Sul”, exemplifica.

‘Um pé de quê?’

Apaixonado pela Califórnia, laranja-baía e a história que as une, Orlando foi três vezes ao estado americano, sendo uma como pesquisador convidado. Lá ele se encontrou com a laranjeira plantada há 155 anos pela senhora Tibbets, que segue em pé. Ao menos, uma placa ao lado da planta conta a história, deixando claro que ela é nascida na Bahia, criada nos States.

“Nós temos que reconhecer o trabalho do americano em divulgar, criar variedades e melhorar o plantio da laranja-baía”, ressalta Orlando.

Cartão-postal da laranjeira importada da Bahia, ainda viva Crédito: Reprodução

Propaganda da laranja baiana travestida de norte-americana Crédito: Library of Congress
Cleberson

Cleberson

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Recomendados

Valença celebra sucesso do São João 2023!

Valença celebra sucesso do São João 2023!

2 anos ago
23
Baía de Todos-os-Santos. Foto: Joaquim Nery Filho/Blog Um pouquinho de cada lugar

Bruno confirma projeto de Centro de Convenções no Comércio

2 anos ago
12

Curta nossa Página

© Copyright 2021 Notícias com Dendê | Do jeito que o baiano gosta..

No Result
View All Result
  • Confete e Cacete
  • TV Notícias com Dendê
  • Plantão de Notícias
  • Municípios em Destaque

© Copyright 2021 Notícias com Dendê | Do jeito que o baiano gosta..

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies.
Aceitar
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR

Add New Playlist