Festival terá tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”
O pesquisador e escritor baiano Jean Wyllys é uma das atrações confirmadas da Festa Literária Internacional de Cachoeira, que vai movimentar o Recôncavo baiano entre os dias 26 e 29 de outubro. Com o tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”, o evento tem como proposta valorizar pesquisadores, escritores de Cachoeira e da Bahia, dando visibilidade às perspectivas de Brasil ligadas a temas afroindígenas.
“Primeira coisa, quando a gente fala em poética não estamos falando de poesia, estamos falando de expressões que despertam a nossa sensibilidade. Precisamos pensar o papel de uma feira literária para além dos livros”, afirma Mírian Sumica, professora da Universidade Federal do Recôncavo Baiano e curadora da Flica 2023.
A programação contará ainda com nomes como o escritor Nego Bispo; a escritora e poetisa Deisiane Barbosa; a escritora indígena Célia Tupinambá; a presidente do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, Elisa Larkin; e mais.
Entre as principais novidades desta edição, está o uso da moeda social sururu, que foi criada pelo Quilombo Kaonge e substituirá o real nos espaços; visitas literárias, com o intuito de ensinar a história do município a partir de um tour por locais históricos; edital voltado para escritores que desejam publicar novas obras; e uma feira de empreendedorismo de mulheres negras. Além disso, pela primeira vez, a programação da Flica se estenderá ao município de São Félix.
Sob a curadoria de Clara Amorim, a Fliquinha terá a presença de Igor Millord, Cia Avatar de Teatro, Cássia Vale, Natalyne, Estevão Ribeiro, entre outros. Já no espaço Geração Flica, coordenado por Jocivaldo Bispo, serão convidados Kamaywrá Pataxó, MC Akuã e Ricardo Ishmael, além do moçambicano Féling Capela e do guineense Miguel Marcos José de Barros.