A lotação das emergências nos hospitais privados de Salvador nos últimos 15 dias fez com que a Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Asheb) precisasse mover esforços para conseguir acomodar pacientes. Devido ao surto de gripe na capital, foi necessária a abertura de leitos exclusivos para a doença, além do reforço na contratações de profissionais, uma vez que o volume de pacientes dobrou nas últimas duas semanas.
Agora, para conseguir atendimento imediato na emergência de um dos 14 hospitais privados de Salvador, o paciente precisa estar em situação grave. Caso contrário, o tempo de espera varia de 2h a 4h, a depender da gravidade do quadro, de acordo com Mauro Adan, presidente da Asheb. Isso acontece apesar do incremento nas equipes e tem relação direta com os casos de Influenza na cidade.
“No sistema privado, temos um processo monitorado, no qual o paciente, ao chegar, retira uma senha, é chamado para uma triagem com o enfermeiro, ele classifica seu grau de risco e coloca uma pulseira. Se você é classificado como moderado, será atendido antes que um caso leve. A partir desse monitoramento da capacidade da emergência, fazemos a ampliação das equipes”.
Esse protocolo de atendimento se chama “Protocolo de Manchester”, na qual os pacientes não são atendidos por ordem de chegada, mas por ordem de gravidade. Apesar da maioria dos casos da Influenza serem classificados como leves, a quantidade de pacientes só tem aumentado, e, para uma melhora na capacidade operacional das emergências, a solução tem sido absorção de mais pessoas nas equipes.
“Monitoramentos e, de acordo com a demanda, temos absorvido nas equipes médicas, de enfermagem, portaria, higienização, de forma orgânica, conforme há necessidade”, explica.
Vacinação
A estratégia de imunização contra gripe prossegue na capital baiana, nesta quinta-feira (23), exclusivamente para as crianças que necessitam da dose complementar. Vinte e três postos funcionarão das 8h às 17h para atendimento a esse público.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) chama a atenção de pais e responsáveis para a importância da dose complementar da vacina contra gripe em crianças que nunca foram vacinadas contra influenza e receberam pela primeira vez o imunobiológico em 2021. De acordo com o fabricante, para os indivíduos que recebem a vacina pela primeira vez, a imunidade só é garantida com a administração do esquema de duas doses com intervalo de 30 dias entre as mesmas.