Esquecidas e negligenciadas por muitos baianos desde a chegada da covid-19, as arboviroses não desapareceram magicamente. Pelo contrário: as doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti, por exemplo, apresentaram aumento no número de casos na Bahia em 2022.
Segundo boletim mais recente da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), de janeiro a setembro deste ano, foram notificados 32.821 casos prováveis de dengue. No mesmo período, em 2021, havia 22.665 notificações, o que representa um aumento de 44,8%.
Em Salvador, foram 1.325 notificações de casos de dengue, também de janeiro e setembro – um aumento de 156%, já que no ano passado esse número era de 517.
Na Bahia, 368 dos 417 municípios contabilizaram casos das doenças transmitidas pelo mosquito, com 18 mortes. Do total de municípios, 169 apresentaram incidência maior ou igual a 100 casos para cada 100 mil habitantes, e oito municípios se encontram em situação epidêmica.
Chikungunya
O estado também registrou aumento de casos de Chikungunya neste ano. Foram 16.953 notificações – um número 27,8% maior do que o registrado no ano passado, de 13.264. Na Bahia, o índice de contaminação da doença é de 114,4 casos para cada 100 mil habitantes.
Doa 417 municípios baianos, 284 apresentaram registro da doença, sendo que 76 deles possuem incidência maior ou igual a 100 casos cada cada 100 mil habitantes. Até o momento, não há registro de mortes neste ano por Chikungunya.
Já em Salvador, o número de casos reduziu. Em 2021 foram 318 afetados pela doença, contra 263 neste ano. A queda é de 17,3%.
Zika
No caso a Zika, o cenário se repete: aumento na Bahia e queda em Salvador. No estado, houve 1.003 casos prováveis notificados, contra 887 no ano passado, o que representa um aumento de 13,1%, também sem óbitos.
Já na capital baiana, houve queda de 27,6%. Neste ano foram 42 notificações, enquanto no ano anterior foram 58.