Presidente da Alba disse ao Isso É Bahia que é contra invasões de terra, mas questionou eficácia das CPIs
A relação entre a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e o Judiciário Baiano é boa e divergências entre Legislativo e Judiciário acontecem também na esfera federal, pelo menos é o que disse o presidente do parlamento estadual, Adolfo Menezes (PSD), em entrevista ao Isso É Bahia, do A TARDE FM (103.9), nesta terça-feira, 9.
Ainda que tenha dito que decisão judicial deve ser cumprida, porém, Adolfo alegou que se o recurso da Alba contra a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST não for atendido pela Justiça Baiana, a Casa Legislativa buscará instâncias superiores. “Se não for reconsiderado, vamos até o supremo [STF] para adequar a decisão final”, afirmou.
No bate-papo com os jornalistas Jefferson Beltrão, Ernesto Marques e Levi Vasconcelos, Adolfo falou sobre a iniciativa de parlamentares de oposição aos governos de Jerônimo Rodrigues (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de instalar a CPI do MST na Alba e no Congresso Federal.
“Eu sou totalmente contra a invasão de terras produtivas. Sou favorável à reforma agrária, desde que obedecidos todos os processos legais”, argumentou Adolfo, que embora defenda a pauta do direito à propriedade e se diga preocupado com os impactos das invasões de terras nos investimentos estrangeiros no Brasil, questionou a eficácia das CPIs de um modo geral. “Eu queria que essa CPI se traduzisse em penalidades. No Brasil, infelizmente, se diz que quando não se quer chegar a lugar nenhum, se cria uma CPI”, justifica.
O exemplo dado por Adolfo para a baixa eficácia que pode ter a medida foi a CPI da Covid, em 2021. “Ninguém foi preso. Quase todos os senadores expostos foram reeleitos”, disse.