Presidente da ALBA lembra que bravatas do presidente “seguem roteiro inócuo de Trump”
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Adolfo Menezes (PSD), na noite desta quarta-feira (20.07), voltou a criticar as ameaças ao Estado Democrático de Direito patrocinadas pelo presidente Jair Bolsonaro e disse que a imagem do Brasil no mundo foi definitivamente destruída pelo Chefe da Nação. “Bolsonaro cometeu crime de lesa-pátria ao achincalhar o próprio país e suas instituições perante um grupo de embaixadores acreditados pelo Itamaraty, que se prestou a essa ridícula pantomima. Somos, definitivamente, os párias do mundo, uma republiqueta. Como ele pode mentir sobre a lisura do nosso processo eleitoral — um dos mais transparentes e modernos do planeta — se ele próprio é mandatário hoje graças a este sistema, que o elegeu, também, cinco vezes deputado federal?”, critica Adolfo Menezes, cobrando também uma reação enérgica do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Para ele, o objetivo de Bolsonaro é tumultuar as eleições. “Ele adota o mesmo roteiro inócuo de Trump, porque sabe que vai perder as eleições em 2 de outubro. O discurso na reunião com os embaixadores só aumenta a rejeição dele, porque até os bolsonaristas moderados já estão pulando do barco. Ele mente ao atacar as instituições e o sistema eleitoral, porque será derrotado nas urnas, de forma soberana, pelo povo livre do Brasil”, diz o deputado.
O presidente da ALBA diz que os efeitos da “PEC do Desespero” não irão alterar a vontade popular:”O povo vai receber o auxílio, o vale-gás, mas vai votar em que quiser, porque sabe que nada foi feito pelo Governo Federal em quase quatro anos. Aliás, fez: desemprego, fome, mortes pela falta de vacina para a Covid, inflação em alta, juros ainda mais escorchantes e mais carestia para o povo, humilhado por ter que comprar pele de galinha no supermercado”.
Adolfo Menezes disse ainda que Assembleia Legislativa da Bahia estará na trincheira em defesa da democracia e da liberdade. “Colocamos à disposição da sociedade civil a Assembleia Legislativa da Bahia como um bastião contra qualquer ameaça à nossa democracia. Vamos não só resistir, mas vamos, principalmente, reagir. Com tiranos, não combinamos”, declarou o chefe do Legislativo baiano.