“Violência que tem aterrorizado os baianos também é consequência da omissão daqueles que nos governam há 17 anos”
Ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto afirmou nesta sexta-feira (1º) que a onda de violência que tomou conta da Bahia acontece “sob o olhar complacente e condescendente” do governador Jerônimo Rodrigues. Em publicação em suas redes sociais, ACM Neto comentou o caso de dois turistas que foram assaltados na noite desta quinta-feira (31), no Rio Vermelho, um dos bairros mais movimentados da capital baiana.
“Não tem mais dia, hora e local para acontecer. A semana, que começou com a chacina em Mata de São João, termina com o assalto aos turistas. A gente sabe também que o terror existe em vários bairros da periferia e grandes e médias cidades do interior. Infelizmente, essa é a realidade da Bahia. A violência que tem aterrorizado os baianos também é consequência da omissão daqueles que nos governam há 17 anos, cruzam os braços e fingem que nada disso acontece em nosso estado”, disse Neto.
O ex-prefeito lembrou que a frase de um turista após o assalto de ontem à noite no Rio Vermelho resume o que está ocorrendo na Bahia e em Salvador atualmente: “a cidade é linda, mas a segurança é zero”. De acordo com ACM Neto, a imagem nacional e internacional da Bahia está comprometida pela violência e falta de segurança.
“Já são oito meses do novo governo e as coisas estão piorando na gestão de Jerônimo Rodrigues. Isso não é política, isso é a vida das pessoas; isso não é discurso, é o que está acontecendo em Salvador e no interior. É revoltante o que está acontecendo na Bahia, porque a violência prejudica a nossa economia. Nós precisamos de uma boa imagem para atrair turistas e movimentar a economia, mas não é o que está acontecendo. A imagem (da Bahia) está cada vez mais comprometida, os jornais só falam da Bahia para mostrar insegurança e violência”.
Neto afirmou também que o governador Jerônimo Rodrigues precisa ter humildade para reconhecer o que está acontecendo. “Depois, precisa valorizar os policiais, investir em tecnologia, contratar novos agentes e cobrar resultados. “Outros estados fizeram o dever de casa e reduziram a violência. Na Bahia, a violência só faz crescer por falta de liderança do governador”.