Desavenças teriam começado após apoios divergentes nas Eleições de 2022 para governo da Bahia
Tudo começou após o vice-prefeito de Cruz das Almas, Recôncavo Baiano, André Eloy (PDT) ter se candidatado ao cargo de deputado federal, nas eleições de 2022, e também em ter apoiado o candidato Jerônimo Rodrigues (PT), nas eleições para governador da Bahia, no mesmo ano. Como Ednaldo Ribeiro (Republicanos), prefeito de Cruz das Almas, apoiou ACM Neto (UB), no primeiro turno, começaram a surgir desavenças políticas, que desencadearam, de acordo com André Eloy, em perseguições políticas por parte de Ednaldo.
No documento enviado à Justiça, por intermédio do qual pede providências ao Ministério Público, Eloy narra que houve fato notório e repercutiu em âmbito local, uma vez que a partir disso houve uma ruptura política entre ele e o prefeito, se evidenciando ainda de acordo com ele em uma desavença pessoal.
Eloy destaca ainda que a exoneração dos servidores comissionados lotados no gabinete, sem justificativa plausível por parte do prefeito, não atende ao interesse público, e sim, resulta em comprometimento das atividades a serem desenvolvidas pelo vice-prefeito.
Houve ainda o desaparelhamento da estrutura necessária que Eloy necessitava, em especial, com as exonerações e retirada do veículo, o que de acordo com o documento, traz clara perseguição política, com cunho de finalidade pessoal, e em dissonância com o princípio constitucional da impessoalidade, o que torna nulo os atos administrativos.
“O prefeito deve ter esquecido que fechou meu gabinete e exonerou as duas pessoas que me auxiliavam. Abri de imediato um escritório político e contratei duas assessoras. Sendo assim, tenho atendido diariamente as demandas do mandato e da cidade sendo tudo financiado com os recursos que recebo como vice-prefeito”, afirmou.
Vazamento do contracheque
Outro ponto que trouxe bastante tensão e desconforto para André Eloy, foi o vazamento do contracheque, com informações pessoais, divulgados em um veículo de comunicação local. A divulgação do contracheque do vice-prefeito teria sido realizada logo após começar a ser descontado certo percentual de valores em folha, de uma ação no qual Eloy tinha sido condenado.
“Meu dados pessoais” ficaram expostos, além do mais o documento estava sob responsabilidade da Secretaria da Administração de Cruz das Almas”, disse.
O vice prefeito pede medidas ao Ministério Público, que garanta que o Poder Executivo promova a nomeação das pessoas indicadas para ocuparem os cargos em comissão previstos na Lei Municipal, bem como garantir também condições mínimas de estrutura, como por exemplo, um veículo para atender as necessidades do gabinete.
