Fabrizzio Muller apontou que movimento não foi informado com antecedência
O secretário de mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, criticou a paralisação dos rodoviários na manhã desta quinta-feira, 20, já que o grupo não teria informado o movimento com antecedência, como é obrigatório para que o poder público consiga fornecer outras opções para a população que precisa do sistema de transporte.
“A partir da movimentação do sindicado [dos rodoviários], por volta de 4h da manhã, fizemos um reajuste. Importante deixar claro que a prefeitura não tem nenhum tipo de responsabilidade com os pagamentos dos funcionários da antiga CSN. A empresa deu terrenos nesse acordo, mas eles precisam ser vendidos, e a prefeitura não tem nenhum tipo de gestão sobre essa venda”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.
A paralisação é de ex-funcionário da Concessionária Salvador Norte, que encerrou suas atividades em 2020 e deixou uma dívida com rodoviários. Os profissionais cobram os valores e já realizaram diversas manifestações.
“Desde o primeiro momento figuramos como parte tentando facilitar essa negociação para que não houvesse tipo de situação, que prejudica a população, e que os funcionários recebam o que trabalharam”, disse Muller.
“Desde 4h da manhã quando nossa equipe chegou nas garagens, já foram remanejadas linhas para atender as estações. Remanejamos linhas que estão rodando para atender dos bairros até as estações”, complementou.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fabio Primo, diz que houve descumprimento de acordos feitos pela gestão municipal e pelas empresas dos coletivos. A paralisação acontece nas garagens da empresa Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, e OTTrans, em Campinas de Pirajá.
“Infelizmente chegou a esse ponto de fazer a paralisação. Existe um compromisso da prefeitura de Salvador que quem assumisse as linhas da extinta CNS, assumiria todos os 2.615 trabalhadores que foram do REDA, mas isso não aconteceu”, afirmou.
Segundo Primo, rescisões e 13º salários não foram saldados juntos aos trabalhadores desde o término do contrato com a prefeitura. “Para se ter uma ideia, as licenças-maternidade de seis gestantes que estavam no REDA já tiveram parecer favorável da procuradoria do município, mas o secretário Thiago Dantas, [da Secretaria de Gestão], não despacha para que elas [gestantes] recebam”, criticou.