“Hoje a gente vai ter uma reunião com o governador Rui Costa e falaremos sobre as novas restrições”, acrescentou
Após o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e o governador Rui Costa (PT) afirmarem que medidas restritivas poderão voltar a ocorrer no estado e capital, a Secretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim, reforçou, na manhã desta segunda-feira (10), o posicionamento dos gestores.
“No momento em que você aglomera, se você tira a máscara, para de pensar nas medidas que são preventivas, acontece o que a gente tá visualizando em todo o planeta. De uma certa forma as pessoas pararam de acreditar nisso. Percebemos que ocorreu um boom no número de casos após 15 dias das aglomerações de Natal e Réveillon. Cada um de nós conhece alguém que positivou”, disse Tereza.
A secretária afirmou que as novas medidas de restrição serão definidas em reunião com o governador Rui Costa, na tarde desta segunda.
“É muito importante falar que com o avanço da vacinação, diminuiu a quantidade de pessoas procurando UTIs, mas existem aproximadamente 4 milhões de pessoas que sequer se vacinaram, ou receberam a segunda dose e dose de reforço. Essas pessoas têm grande possibilidade de irem pra UTI e perderem suas vidas por uma doença evitável. Então a resposta é sim (sobre medidas restritivas). A gente vai ter que restringir de novo. Hoje a gente vai ter uma reunião com o governador Rui Costa e falaremos sobre as novas restrições”, acrescentou a secretária.
Vacinação infantil
De acordo com Tereza Paim, caso o Ministério da Saúde cumpra com o prazo estipulado de entregar as doses para a vacinação infantil no dia 14 de janeiro, a Sesab (Secretaria de Saúde do estado da Bahia) já está prepara para distribuir os imunizantes aos municípios no mesmo dia.
“O governo federal fala de uma remessa que ele recebe no dia 13 e dia 14 ele envia para os estados. A Bahia todas as vezes que recebeu qualquer remessa de vacina imediatamente distribuiu pra todos os municípios e assim será feito. Nós já não iríamos exigir prescrição médica para vacinação infantil. O Ministério da Saúde se sensibilizou, agora nós temos essa prerrogativa e a gente quer dar equidade. Quanto mais crianças vacinar, melhor.
A secretária aproveitou para comentar sobre a aplicação da vacina Coronavac em crianças de 5 a 11 anos. Segundo a gestora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza nesse momento um estudo para atestar a segurança do imunizante neste público alvo, que por enquanto pode receber somente imunizantes da Pfizer.
“Existe também a discussão da Anvisa quanto a uso da CoronaVac. É uma vacina que as sociedades de imunologia e de pediatria já haviam referido como possível e eu espero que isso avance, para que a gente possa vacinar as crianças menores”, concluiu.
