Casos de violência em disputa por terras acontecem no Extremo Sul da Bahia
O deputado federal João Roma (PL), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), apontou que a ocupação de indígenas em propriedades agrícolas no Extremo Sul da Bahia são criminosas e cobrou providências ao Ministério da Justiça, agora comandando por Flávio Dino (PSB) e à Polícia Federal.
“Desde o final do ano passado que estamos denunciando essas ações criminosas de bandos armados, dizendo-se índios, aterrorizando a região. E agora está recrudescendo este movimento ilegal”, afirmou Roma.
Também presidente estadual do PL na Bahia, o parlamentar apontou que existe um rito legal para a demarcação das terras indígenas e não tem cabimento o uso da violência para a ocupação de propriedades produtivas.
Não podemos permitir que, em pleno Século XXI , o Extremo Sul se transforme em bangue-bangue por oportunistas que se passam por indígenas para invadir criminosamente propriedades sob o arrepio da lei. A barbárie não pode prevalecer no estado democrático de direito”, diz João Roma.
Morte de jovens
Nesta semana, dois indígenas foram mortos a tiros na cidade de Itabela, no sul da Bahia, enquanto se deslocavam do povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas pelo grupo ao qual faziam parte. Os jovens foram identificados como Nawir Brito de Jesus e Samuel Cristiano do Amor Divino.
Ontem, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), determinou prioridade nas investigações do caso. A Polícia Civil reforçou as equipes no Sul do estado para acelerar a elucidação das mortes dos jovens.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, os conflitos por disputas de terras em territórios indígenas já vêm acontecendo na região há algum tempo e, por isso, o governo estadual já realizava ações de mediação e segurança, com equipes da PM, PC e o Departamento de Polícia Técnica.