A Floryl, que é incentivada pelo Governo do Estado, é a única empresa a produzir e exportar o item em larga escala no país e fez sua primeira exportação mês passado
Espécie nativa da região andina, especialmente no Peru, está sendo cultivada e processada em Jaborandi, na região Oeste da Bahia e tem DNA 100% baiano. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), recebeu, na quarta-feira (23), a Floryl, que produz grãos commodities, como soja e milho, e agora tem se destacado no mercado de superfoods, alimentos conhecidos pela forte presença de vitaminas e minerais e que proporcionam ganhos importantes ao organismo quando incluídos na dieta alimentar. Há cerca de cinco anos no ramo dos superalimentos, a companhia é responsável pela produção e fabricação de aproximadamente 37% de toda quinoa consumida no Brasil. Além disso faz plantios para pesquisa e desenvolvimento com outros supergrãos como chia e gergelim.
Os dirigentes da Floryl, Per Knudsen e Alexandre de Salles, foram recebidos pelo secretário da pasta, Angelo Almeida. Durante a reunião, eles ressaltaram o potencial da companhia. “Iniciamos a produção da quinoa em larga escala para o comércio interno tem aproximadamente cinco anos, e hoje detemos aproximadamente 37% do mercado nacional. O restante é suprido por grãos vindos da Bolívia e Peru, que ainda é o maior produtor mundial. Mas, como empresa individual, somos uma das maiores do mundo atualmente”, destacou Alexandre.
Alexandre também falou sobre o processo de exportação da quinoa que a Floryl começou em 2022. “Iniciamos no ano passado. Já atingimos a qualidade esperada para atender às exigências do mercado internacional e começamos a prospectar clientes fora do Brasil. Fizemos alguns envios para testes de produção do produto para a Europa, Estados Unidos e Canadá e mês passado exportamos as primeiras 60 toneladas para os Estados Unidos, que tem previsão de chegada ao país na primeira quinzena de setembro”. A empresa é a única a exportar o item em larga escala no país.
Ele explicou ainda que os outros grãos poderão ser produzidos na Bahia. “Amaranto, chia e gergelim. Temos vários em pesquisa. A chia está em fase mais avançada, os demais estão em desenvolvimento, analisando a viabilidade e ainda precisam ser adaptados ao nosso clima”. A quinoa produzida no Estado foi desenvolvido em parceria com a Embrapa Cerrados.
Incentivos
O secretário Angelo Almeida falou sobre o orgulho de conhecer a empresa e destacou a importância dela, que é incentivada pelo Governo do Estado, por meio da SDE. “Esse é um grande exemplo de empresas que possuem incentivos, alcançam crescimento e desempenham um papel significativo na estimulação econômica. Embora inicialmente possa parecer uma renúncia fiscal, é importante dizer que as empresas crescem com incentivos fiscais e isso têm um impacto positivo na economia. Elas fomentam o emprego, estimulam a inovação, aumentam a arrecadação e impulsionam o desenvolvimento econômico”, pontuou.
Per Knudsen também falou sobre a importância do programa. “O Desenvolve contribuiu bastante, principalmente para termos preços competitivos. Foi necessário um trabalho intenso junto às indústrias e empresas revendedoras para superarmos a já tradicional quinoa importada da Bolívia e do Peru. Com o Desenvolve conseguimos ter uma competitividade necessária para a redução de custos, com preço competitivo e assim tivemos a oportunidade de mostrar ao mercado que a qualidade do nosso produto também era muito boa”, disse.
Ascom/SDE
Foto 2: Mário Marques/Ascom SDE