Colégio Estadual Luiz Viana Filho registra invasões feitas por criminosos
Os professores do Colégio Estadual Luiz Viana Filho, na Rua Waldemar Falcão, em Salvador, fazem paralisação por maior segurança na unidade de ensino. Eles estão de ‘braços cruzados’ desde o último dia 13, diante de denúncias que dão conta de invasões feitas por criminosos que estariam fazendo a venda de drogas dentro da escola.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) analisa a situação de insegurança naquele que é considerado um dos principais colégios de Salvador. A direção da APLB afirma que está em reunião com a comunidade escolar para planejar ações que visem uma solução para a questão na instituição.
Ao Portal A TARDE, o coordenador-geral da APLB, Rui Oliveira, ainda destaca a preocupação com o impacto causado pela paralisação das aulas no Luiz Viana Filho. Além do essencial papel educacional, ele explica que as escolas ainda desempenham um papel social importante para as famílias dos alunos, em especial as que estão em situação de vulnerabilidade social.
“O colégio ocupa uma área grande. E os invasores entram pelo fundo da escola, intimidam professores, alunos. Junto com a comunidade escolar, um documento foi elaborado para que a gente possa ter um caminho para a questão. O material foi entregue para Secretaria da Educação do Estado. Vale destacar que os professores têm o compromisso de não prejudicar os alunos [com os dias sem aula]. E a escola também é fonte de alimentação para muitos desses. O governo também paga bolsa presença para os pais”, explica Rui Oliveira.
O coordenador-geral ainda afirma que solicitou reunião conjunta com representantes da Secretaria da Educação do Estado e a de Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). O encontro está marcado para a próxima segunda-feira, 24, às 9h.
A Secretaria de Educação do Estado afirma que está atuando junto à comunidade escolar para que as atividades regulares sejam retomadas “o mais rápido possível”. “A secretaria assegura que o calendário do ano letivo será cumprido normalmente, como exige a legislação”, acrescenta a pasta, em nota.
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) disse que a 26ª CIPM, responsável pelo policiamento na localidade, não chegou a ser acionada para as ocorrências no Colégio Estadual Luiz Viana Filho.
“O policiamento escolar é uma ação desenvolvida pela PM através de visitas comunitárias aos estabelecimentos de ensino, visando prevenir e combater a violência nas escolas e seu entorno, por meio de atividades integradas (palestras, visitas, participação de reunião de pais e mestres, apresentação de peça teatral, segurança para eventos como gincana, passeatas, etc.) para que a comunidade escolar tenha um ambiente propício para o desempenho de suas atividades”, diz nota da PM.