Ação de saúde promovida pela Fundação José Silveira em parceria com a Rede Bahia acontece na quinta (3), sexta (4) e sábado (5)
O autocuidado como forma de prevenção dos cânceres de mama e próstata é o tema central de mais um Mutirão Bahia Meio Dia, ação de saúde promovida pela Fundação José Silveira em parceria com a Rede Bahia. Nesta edição, a ação acontece no Bairro da Paz, na Associação Desportiva Dois de Julho, em Salvador. O serviço gratuito oferece uma gama de exames de forma gratuita das 8h às 17h nesta quinta-feira (3), na sexta (4) e no sábado (5).
Nesta edição, alusiva às Campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul, serão oferecidas consultas e exames em sete Unidades Móveis de Saúde, com mais de 80 profissionais envolvidos. Entre as especialidades estão clínica médica, ginecologia, urologia e nutrição, além de mamografia, preventivo do câncer do colo do útero, PSA (Antígeno Prostático Específico), ultrassonografia, avaliação odontológica, Raio-X do tórax e, ainda, serviço de busca ativa de sintomático respiratório em tuberculose.
As vagas são limitadas e os atendimentos acontecem por ordem de chegada. É necessário apresentar documento com foto e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a realização de ultrassonografia é necessária a requisição médica. Ao longo de oito anos de atuação do mutirão, já foram realizados mais de 142 mil procedimentos em diversas especialidades médicas, beneficiando comunidades, como São Caetano, Plataforma, Alto de Coutos, Cajazeiras e Subúrbio.
No mutirão desta quinta-feira (3) teve até paciente que descobriu gravidez de 15 semanas. A mamãe da vez é a recicladora Jaqueline dos Santos, de 33 anos. Apesar de tomar o anticoncepcional corretamente e ter feito três testes de gravidez com resultado negativo, a barriga da mulher não parava de crescer e, mesmo confiante de que só estava engordando, sua sogra insistiu que ela fizesse um ultrassom.
A sogra, também recicladora, Cleide Pereira, 43, contou que a nora tem problemas de saúde, já teve outras gestações de risco e quase perdeu a vida durante um parto, por isso ela tomava todos os cuidados para não engravidar, mas não foi suficiente. “A gente morre de medo, porque é um risco pra ela, mas agora é agradecer a Deus e que o menino chegue com saúde”, destacou.
Cleide e Jaqueline saíram de Lauro de Freitas para receber atendimento no mutirão. A sogra aproveitou para fazer atendimento ginecológico. “Não consigo fazer esses exames com frequência, é difícil de marcar, então eu sempre vou para os mutirões da Rede Bahia e da Fundação José Silveira. Moramos na Região Metropolitana e viemos até aqui só para fazer os exames”, completou a recicladora.
Quem também foi atendida no local foi a aposentada Sônia Maria Conceição, 66, que foi fazer uma ultrassom mamária, mas também passou pelo ginecologista e massoterapeuta. “Hoje foi o meu dia de princesa, é sempre difícil marcar esses exames e achar vaga, então aproveitei o mutirão, que eu não perco nenhuma edição, e foi tudo de bom”, afirmou.
Sônia também elogiou o atendimento que recebeu no local. “Aqui é tudo tranquilo, organizado, esperei sentada pela minha vez, as atendentes têm uma atenção e carinho incrível com os pacientes. “A gente não está acostumado com isso, fiquei toda boba e feliz. Tive o resultado do meu ultrassom mamário e não tenho nada, estou radiante”, expôs a aposentada.
O serviço
Edina Nazaré , que é coordenadora das ações da Fundação José Silveira, explicou que o mutirão em parceria com a Rede Bahia costuma acontecer cinco vezes no ano. Segundo ela, são esperados 1200 pacientes por dia, chegando a cerca de 3.600 atendimentos no final da ação. “Ainda não temos previsão de outro mutirão esse ano, mas vamos ficar aqui por três dias. O atendimento é feito por ordem de chegada, sem distribuição de fichas”, pontuou.
O médico ultrassonografista Thiago Rios está realizando atendimentos no local e os exames já descobriram patologias tratáveis e cirurgias. “Tenho certeza que muitos pacientes não conseguem agendar esses exames por conta do fluxo intenso no sistema de saúde, então ajuda muito ter esses mutirões”, expôs o especialista. “Muita gente chegou aqui e não fazia esses exames há mais de dois anos e aqui atuamos na prevenção da doença, que é o melhor caminho”, finalizou.