O município de Ibititá apareceu recentemente, em relatório do Ministério da Saúde, Governo Federal, entre aqueles com menores percentuais de cobertura de saúde para os beneficiários do programa Bolsa Família, na Bahia.
Conforme dados, a cidade aparece na 9ª pior posição no estado, sendo 2.965 a quantidade de pessoas sem acompanhamento na atenção básica à saúde. O índice divulgado a cada bimestre expõe a fragilidade do município no setor, que ocupa a posição 409 entre as 417 cidades baianas. Administrada pela prefeita Nilvinha (PSD), a cidade possui um hospital municipal, porém conforme relatos, há deficiências, como a ausência de um centro cirúrgico e de aparelhos para exames específicos, a exemplo de raio x.
O relatório avalia as condições dos beneficiários do Programa Bolsa Família e aponta que a falta de acompanhamento impacta principalmente, na saúde de crianças e gestantes, “uma vez que a manutenção do calendário vacinal atualizado, o monitoramento do estado nutricional e a realização das consultas de pré-natal possuem relação direta e essencial com a melhora do estado de saúde”. O quadro é de muitas crianças sem vacinação, sem dados nutricionais e gestantes sem exame de pré-natal.
É monitorada dentro desse dado, uma questão considerada essencial na atenção básica, que é a imunização infantil, ou seja, a vacinação, algo que deve favorecer a erradicação, eliminação, prevenção e controle de diversas doenças imunopreveníveis, diminuindo a morbimortalidade infantil. Moradores relataram que o resultado do acompanhamento feito pelo Governo Federal,comprova a falta de assistência na saúde da população de Ibititá.
Um morador da cidade que não quis se identificar ressalta que a pesquisa só mostra aquilo que “já é perceptível no dia a dia”. “O hospital não consegue realizar a assistência ideal, por falta de aparelhos para exames. A única clínica particular que fazia pequenas cirurgias teve o convênio com a prefeitura cancelado. O caos é total”, afirmou.
