Mais de 150 pacientes renais, internados no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), tiveram alta nos últimos três meses, após o lançamento do plano de cofinanciamento estadual direcionado às pessoas com doença renal crônica, informa a diretora da unidade, Lucrécia Savernini. Ela acrescenta que alguns pacientes já estavam a praticamente quatro meses internados no HGRS, pois não conseguiam vaga em nenhuma clínica na sua região para fazer hemodiálise. “Com o início do programa no mês de março, muitos pacientes estão voltando para o convívio de suas famílias”.
O balanço positivo da iniciativa do governo do Estado resulta numa melhor qualidade de vida para os pacientes, como explica Thaise Spinola, coordenadora de enfermagem do serviço de hemodiálise do HGRS. “Eles voltam para suas casas, para junto dos seus familiares e passam a fazer hemodiálise ambulatorial três vezes por semana, sem a necessidade de ficarem internados”, disse.
Ela destaca que com o plano de cofinanciamento o número de máquinas de hemodiálise passou de 32 para 40 equipamentos, e hoje o hospital realiza o tratamento em 240 pacientes. Destes, 24 são crianças.
Spinola ainda lembra que no caso das crianças, o Hospital Roberto Santos é a única unidade de saúde do Estado que presta o serviço de hemodiálise para elas, sendo referência para pacientes da capital e do interior. “Nem as clínicas particulares oferecem este serviço”, explicou a profissional.
Hemodiálise
É um processo de ‘filtragem’ de toxinas, líquidos dos rins, realizado através de uma membrana e de uma máquina que, de forma artificial, exerce a função de substituição renal.
Normalmente, os pacientes realizam o procedimento três vezes por semana, ficando quatro horas na máquina, por vez. Para assisti-los, o Roberto Santos conta com uma equipe multidisciplinar, que inclui nefrologistas, nefropediatras, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares).
O serviço de nefrologia do HGRS compreende acompanhamento ambulatorial pré-dialítico, hemodiálise, dialise peritoneal e transplante renal. Por falar em transplantes, a direção do hospital já anunciou a expansão do serviço.
Cuidados
Para prevenir as doenças relacionadas aos rins é necessário observar estilos e condições de vida das pessoas, pois existem os fatores de risco como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, dentre outros, que podem contribuir para uma doença renal crônica.
Para reduzir os impactos, os pacientes devem praticar atividades físicas, controlar o colesterol, a glicose, diminuir o peso, e verificar regularmente a pressão arterial. Aliado a isso, uma alimentação balanceada fará a diferença, incluindo a ingestão de muita água.