Ex-secretários querem usar visibilidade dos cargos para conquistar vagas no Legislativo
Com o prazo imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para descompatibilização dos cargos públicos e filiação aos partidas, ao menos 147 secretários deixaram seus cargos nos governos estaduais. Eles irão concorrer a eleições para vagas no Legislativo, seja como deputado estadual, federal. Também tem outros que se lançaram como candidatos ao governo do estado.
De acordo com levantamento da Folha de S.Paulo, o maior número de saídas de secretarias aconteceu no Rio de Janeiro, com 15. Maranhão (12), Rio Grande do Sul (11) e São Paulo (10) também aparecem com destaque na lista.
Os secretários que irão concorrer aos cargos eletivos eram, em sua maioria, de pastas que costumam ter destaque. São elas: Agricultura (11 titulares deixaram esses postos), Fazenda (11), Saúde (10), Educação, Infraestrutura, Turismo e Direitos Humanos (8 em cada uma).
Em meio a pandemia, os secretários de Saúde ainda tiveram um grande destaque midiático. É o caso de Carlos Lula, do Maranhão, que será candidato a deputado estadual pelo PSB. Na Bahia, apesar de ter saído meses antes por conta de uma polêmica, o ex-secretário de Saúde, Fabio Villas-Boas (MDB) será candidato a deputado federal.
Três secretários também se lançam a governadores. É o caso da Bahia, com Jerônimo Rodrigues (PT -Educação), do Piauí, com Rafael Fonteles (PT – Fazenda), e do Mato Grosso do Sul, com Eduardo Riedel (PSDB – Habitação e Infraestrutura).
O próximo passo é formalizar as pré-candidaturas entre 20 de julho e 5 de agosto, e as candidaturas até 15 de agosto.