Em entrevista ao programa Isso é Bahia, secretário Fabrizzio Muller comentou prazos de obras
“O pontilhão deve ficar pronto nos próximos 30 dias. O mergulho da Magalhães Neto, que estudamos muito lá atrás, até o final do primeiro semestre deverá ser entregue. O BRT, no caso do trecho 2, do trecho que vai do Parque da Cidade até a Lapa, fica pronto no ano que vem, e aí teremos todo o sistema funcionando de forma plena”, previu.
Muller voltou a falar na importância do projeto de lei que destina nacionalmente R$ 5 bilhões para custear as gratuidades de idosos nos sistemas de transporte, cuja tramitação não houve avanços significativos nos últimos dias. “Estamos na expectativa de aprovação e isso é algo muito importante que precisamos cobrar. Salvador tem aproximadamente R$ 64 milhões para receber e esse valor é dirigido a todo o sistema de transporte coletivo”, lembrou.
O chefe da Semob também rebateu uma declaração do governador Rui Costa (PT), que classificou o BRT feito pela prefeitura como um modal “antiquado” e dizendo ainda que o município levou oito anos para construí-lo. “Nós tivemos dificuldades lá atrás na aprovação e na liberação dos recursos, que só conseguimos após a saída da presidente Dilma Rousseff (PT). Tomei essa declaração como surpresa porque o Estado está executando duas obras que envolve esse modal que eu não classificaria como antiquado. Esperamos que possam finalizar as obras para que possamos já planejar o início da operação nesses locais”, declarou, se referindo às pistas exclusivas da avenida 29 de Março e da Linha Vermelha, construídas pelo governo.
Em relação a projetos de mobilidade, o secretário mencionou avanços ocorridos na capital baiana nos últimos anos. “Tínhamos mais de 30 km de sistemas cicloviários e chegamos a 300 km, em uma demonstração de que a prioridade deve, sim, ser o ciclista e o pedestre. Vias tiveram seus passeios alargados, a velocidade de trânsito em muitos trechos foi reduzida, o que ajudou, inclusive, a reduzir os acidentes fatais”, disse.
“Desde 2017, Salvador é a capital com o menor índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes. É a capital que mais conseguiu reduziu e ainda conseguiu se manter, isso tudo por conta de várias ações que foram adotadas priorizando pedestres, um trânsito mais humano, devolvendo o espaço público para as pessoas”, acrescentou.
Muller avaliou que a priorização do transporte individual tem trazido problemas a grandes cidades brasileiras, incluindo Salvador. “A própria distribuição do leito viário favorece o carro individual e essa é uma conta que não fecha. Ela está sendo cobrada agora nos grandes centros urbanos, principalmente no Brasil, com congestionamentos cada vez maiores, porque se priorizou o transporte individual em detrimento da mobilidade ativa, do transporte não motorizado, principalmente do transporte público coletivo”, analisou.