Na manhã desta terça-feira (18), um grupo ligado à diretoria da APLB/Sindicato tentou invadir à força o gabinete da prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (União Brasil). A gestora não estava no gabinete na ocasião. Segundo assessores da prefeita, ocorreram chutes em um portão e ameaças aos funcionários do gabinete. E, inclusive, segundo eles, foi danificado um portão lateral.
Na ocasião, estava ocorrendo uma reunião entre representantes da gestão municipal e dirigentes da entidade de classe em busca de uma solução definitiva para pôr fim à greve dos professores na cidade, que já dura mais de 180 dias, “prejudicando mais de 20 mil alunos da rede municipal”, de acordo com a Prefeitura. O grupo foi contido por policiais que trabalham na segurança do gabinete.
Segundo a gestão municipal, “o tumulto provocado por membros da APLB/Sindicato local foi incentivado pela presidente do sindicato, ligada historicamente ao PT”. De acordo com a Prefeitura, “a greve da categoria na cidade é a mais longa da história da classe no interior da Bahia, por claro interesse político partidário, comprometendo o ano letivo”.
Em nota, a Secretaria de Educação de Eunápolis rechaçou o incidente. “‘O episódio ocorreu quando a gestão municipal tentava mais uma vez dialogar com os profissionais da educação, que mesmo recebendo um dos melhores salários do Nordeste, com piso de R$ 4. 201,00, sempre antecipadamente e sem cortes, perpetuam uma greve instaurada pela APLB Sindicato por mais de 180 dias”, diz a nota.
“A Prefeitura lamenta profundamente o ocorrido e esclarece que atua com respeito com todas as categorias e permanece aberta ao diálogo com os professores para que nossos cerca de 20 mil alunos não continuem sendo prejudicados”, conclui.
