A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da CPMI das Fake News, se manifestou sobre o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, elaborada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Lídice viu influência da propagação de notícias falsas no resultado da pandemia no país, já que, entre outros fatores, contribuiu para a falta de confiança das pessoas nas vacinas contra o novo coronavírus.
A parlamentar diz que o cruzamento de informações encontradas nas duas comissões permitiu identificar a atuação do “Gabinete do Ódio”, que já vinha sendo alvo da CPMI das Fake News, instalada em 2019 no Congresso, mas suspensa desde março de 2020 em razão das medidas de restrição impostas pela pandemia.
“Essa rede de desinformação é a mesma identificada pela CPMI das Fake News e pelo Supremo Tribunal Federal, sustentada pelo chamado “Gabinete do Ódio”, denunciado por parlamentares que eram da base se sustentação do governo Bolsonaro. A confirmação desta rede se deu através de cruzamentos entre documentos ofertados pela CPMI das Fake News à CPI da Covid num acordo de cooperação entre suas equipes de trabalho”, diz a nota.
A ex-prefeita de Salvador ressalta que “15 indiciados que figuram no relatório como praticantes de diversos crimes, entre eles o senhor presidente da República Jair Bolsonaro”, costumam se posicionar sistematicamente contra a democracia e as instituições democráticas, assim como insistem em duvidar da confiabilidade processo eleitoral eletrônico.
As provas colhidas ao longo do trabalho da CPI da Covid, crê Lídice, será importante para servir de base para a continuação da investigação da CPMI das Fake News, que junto a Lídice tem como relator o senador Angelo Coronel (PSD-BA).