O criminoso conhecido como “El Neto” havia fugido da prisão no domingo (1º), junto com outros 29 detentos. Outro chefão, o filho de “El Chapo”, foi preso em uma operação policial.
Um chefão do cartel mexicano conhecido como “El Neto” morreu após um tiroteio na manhã desta quinta-feira (5), quatro dias depois de fugir da prisão em um violento confronto em massa, disseram autoridades.
“El Neto”, cujo nome completo era Ernesto Alfredo Pinon de la Cruz, foi encontrado por forças de inteligência em Ciudad Juárez, na fronteira com os EUA, e depois baleado após uma perseguição.
“El Neto”, um dos principais atiradores do cartel “Los Mexicles”, escapou com outros 29 detentos depois que invasores em veículos blindados atacaram a prisão na cidade fronteiriça de Juarez na manhã de domingo (1º), logo após a virada do Ano Novo.
Pelo menos 19 pessoas, incluindo guardas e outros prisioneiros, morreram no ataque, uma das mais sangrentas incursões em prisões do México nos últimos anos, disseram autoridades.
A polícia e as forças de segurança fizeram uma caçada humana. Pelo menos sete pessoas, incluindo policiais, foram mortas em outro confronto durante as buscas no estado na segunda-feira (2).
Autoridades federais que chegaram para restaurar a ordem descobriram que os presos haviam criado uma “zona VIP” na prisão estatal com drogas e dinheiro escondidos.
Promotores estaduais em Chihuahua disseram que o chefe da prisão de Juarez foi demitido e estava sob investigação, junto com outras pessoas.
Noite de violência em Culiacan
O mexicano Ovidio Guzmán, filho do chefão preso Joaquín “El Chapo” Guzmán, foi preso nesta quinta-feira (5) pelas autoridades mexicanas em uma outra operação contra o crime organizado, disseram autoridades .
A notícia da captura veio após uma noite de violência na cidade de Culiacan, no estado de Sinaloa, no norte do país, lar do cartel de drogas e uma das organizações de tráfico de narcóticos mais poderosas do mundo.
Ovidio, que se tornou uma figura-chave no Cartel de Sinaloa após a prisão de seu pai, foi brevemente detido em outubro de 2019 pelas forças de segurança, mas rapidamente liberado para evitar represálias violentas de sua gangue, em um revés embaraçoso para as autoridades mexicanas.
Na manhã de quinta-feira, as forças de segurança estavam ocupadas tentando conter a reação da família Guzmán na área, disse uma das autoridades.
O governo local pediu que as pessoas fiquem em casa e disse que escolas e escritórios administrativos foram fechados devido à violência. Vídeos não verificados nas mídias sociais pareciam mostrar tiros pesados, inclusive de helicópteros durante a noite. Imagens que mostram bloqueios de ruas e uma invasão do aeroporto também foram publicados.
O aeroporto de Culiacan foi fechado e permanecerá assim até as 22h (horário local), informou o aeroporto no Twitter.