Os casos de violência contra transexuais na região Oeste da Bahia foram discutidos em um encontro realizado na tarde desta terça-feira (11), em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, com representantes de movimentos sociais e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH). Realizado pela Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SUDH), com a participação da Coordenação de Políticas LGBT e das entidades Dignivida (Barreiras) e Mães da Resistência (Luís Eduardo Magalhães), a ação visa propor medidas para garantir a proteção dos direitos da pessoa LGBTQIAPN+.
gênero deve ser combatida. Precisamos avançar para que os direitos da pessoa LGBTQIAPN+ sejam assegurados e promover a cidadania”, afirmou a coordenadora executiva da SUDH, Lucinea Rocha.
Durante a reunião, os movimentos sociais relataram constantes ataques a transexuais e demais públicos LGBT´s com o registro de casos de agressões físicas e psicológicas.
Eles solicitaram o acolhimento e o diálogo com outras esferas governamentais para que sejam garantidos os direitos dessa parte da população, com a oferta de serviços sociais de retificação de prenome e gênero; capacitação profissional; acompanhamento jurídico e psicológico; e inscrição em programas sociais como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.
Além disso, a entidade Mães da Resistência pede que as investigações da morte da transexual Lorena Fox, de 27 anos, ocorrida em março deste ano, sejam intensificadas pelos agentes da segurança pública. “As pessoas transexuais precisam parar de pedir licença para existir. É necessário garantir espaço de escuta e acolhimento para essas pessoas que, diariamente, sofrem todos os tipos de violações de direitos”, afirmou a representante da entidade Mães da Resistência, Melyssa Chaves.
O encontro discutiu também a importância de ampliar as ações do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT (CPDD-LGBT), fortalecer a atuação dos conselhos municipais LGBTQIAPN+ e o acompanhamento nos casos de violência e o encaminhamento de informações.
“Precisamos ouvir as demandas para viabilizar ações de combate à LGBTfobia nessa região. Essas pessoas têm o direito de viver, de serem respeitadas e ter seus direitos assegurados como cidadãs e cidadãos”, ressaltou a coordenadora de Políticas LGBT da SJDH, Tifanny Conceição.
